Envelhecer com dor é normal?

Já vi muita gente que acha que ter dor "é coisa de velho". Mas isso não é verdade

A dor é um sistema de alarme presente no nosso organismo que nos alerta sobre alguma lesão ou doença. Depois de cessado o problema, esse alarme deve ser “desligado". Acontece que alguns mecanismos que “desligam” esse alarme (que chamamos de modulação da dor) podem ter seu funcionamento prejudicado, levando a dores crônicas.

Estima-se que 20 a 50% dos idosos sofram com algum tipo de dor crônica. Como é um quadro bastante comum, muitos acreditam que a dor seja um sintoma natural do envelhecimento e deixam de procurar atendimento.

Com o passar do tempo, a dor crônica altera o funcionamento do cérebro e gera ou piora alterações neuropsiquiátricas como ansiedade, depressão, isolamento social e alterações do sono. Isso prejudica a qualidade de vida e aumenta o uso de medicações - que podem ocasionar mais problemas e aumentam os gastos em saúde.

O controle adequado da dor é muito importante no paciente idoso, pois pode melhorar a independência, qualidade de vida, funcionalidade e a socialização. Com o diagnóstico e tratamento adequado, essa fase da vida pode ser, de fato, a melhor idade.